Henrique Nascimento: Renovada confiança nos Dirigentes da UPOOP

IN MILLIONEYES Edição 146, JULHO/AGOSTO DE 2025

HENRIQUE NASCIMENTO

RENOVADA CONFIANÇA NOS DIRIGENTES A UPOOP

 A União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses foi a votos a 21 de junho para eleger os novos líderes para o triénio que se antecipa. Sob escrutínio dos associados estiveram duas listas bem representadas por profissionais conhecidos do setor e com preocupações semelhantes no respetivo projeto. Saiu vencedora a lista de continuidade, com Henrique Nascimento na “proa” deste grupo dirigente. “A reestruturação interna ainda não está concluída espero que o fique nos próximos três anos”, justificou assim parcialmente o regresso ao lugar mais alto da associação, o icónico presidente.

Já mesmo antes da vitória, a lista de Henrique Nascimento fomentou a interação entre os profissionais e os que viriam a tornar-se parte dos órgãos sociais, num programa eleitoral moderno, interativo e ativo nas redes sociais, ao ritmo dos tempos modernos. Na frente das propostas está o ajuste, precisamente, da organização às novas necessidades dos óticos e dos optometristas portugueses e, claro, a regulamentação da atividade no nosso país. E Henrique Nascimento já traz “na pele” esta UPOOP que viu nascer, que ajudou a alavancar e que acompanha na primeira linha há 18 anos.

Venham mais três!

Esta recandidatura significa que ainda há projetos por cumprir?

Significa que a reestruturação interna ainda não está concluída e espero que o fique nos próximos três anos. É fulcral adequar a União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses (UPOOP) às exigências atuais.

 

Reuniu pessoas carismáticas e respeitadas para a sua equipa. Como se formou essa coligação?

Tenho a vantagem de ter estado nos primórdios da fundação da UPOOP e conhecer os optometristas dessa época e, aos mesmo tempo, a felicidade e conhecer uma nova geração com muito valor. Esta união de várias gerações e sensibilidades é muito benéfica para continuar o nosso percurso.

 

A lista oponente denominada R, vencida nestas eleições, também teve um grupo de peso e os vossos programas tinham semelhanças. Houve debate e diálogo entre listas no processo eleitoral?

Infelizmente só tivemos conhecimento das pessoas que compunham a outra lista concorrente uma semana antes das eleições e, por isso, não houve tempo para debate. Apraz-me salientar que o nosso programa já estava delineado há mais de dois meses e que as propostas da outra lista não diferiam muito das nossas, o que nos faz pensar que as nossas preocupações são a preocupação de todos os nossos membros. Vamos fazer os possíveis por cumprir.

 

Olhando para o futuro e para as vossas propostas, quais são as prioridades?

Temos na frente do programa a alteração dos nossos estatutos com a máxima urgência e ainda a regulamentação. Já disse anteriormente em várias situações para quem quis ouvir que o problema não esteve nunca no “Henrique Nascimento” para não haver uma regulamentação da optometria. E mais, se conseguirmos fazê-lo neste mandato outra questão se coloca: e a regulamentação do setor?

 

Há bastantes referências à redução de custos para os optometristas associados em vários planos. É uma medida que nasce da voz dos optometristas em geral?

É uma perceção que tenho desde há muito tempo e algo que temos tentado aplicar nas últimas direções a que presido, sem colidir com a obrigação estatutária.  Queremos reduzir os gastos anuais com a formação obrigatória através de algumas medidas como: dotar o nosso congresso anual com 15 horas em vez de 20, dar créditos ao congresso da Universidade do Minho e que algumas formações sejam validadas previamente pela comissão científica da EPOO. Estaremos completamente recetivos na alteração deste artigo na proposta de alteração de estatutos.

 

Com novos membros a tomar a liderança das outras associações ligadas à ótica em Portugal, parece haver uma onda positiva de comunicação.

Não sei qual é a perceção que a maioria das pessoas ligadas à ótica têm de mim, mas sempre estive recetivo e tentei várias vezes falar com todos os líderes das associações. E continuo, obviamente, disponível. Estou de acordo que hoje as coisas poderão acontecer com muito mais facilidade que há um ano.

 

A comunicação de candidatura foi muito assertiva e próxima. Esteve sob responsabilidade e algum dos membros?

Todos os membros a direção e órgãos sociais terão funções específicas, neste sentido o nosso secretário da direção, Bruno Monteiro, é o responsável pela comunicação.

 

Agora qual o primeiro passo do mandato?

Distribuir funções e começar imediatamente a cumprir o programa eleitoral.

 

E, a pergunta da praxe, em que ponto estão os esforços pela regulamentação da profissão?

Essa é a pergunta de um milhão, porque não depende só das associações de optometristas, mas sim dos nossos governantes. Por mim amanhã já é tarde.

 

Para terminar, diga-nos o seu panorama de sonho para a optometria portuguesa

Unidade na optometria e sintonia com todo o setor.

 
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